Novo projeto do fotógrafo Sebastião Salgado, as obras expostas apresentam o registro de sua estada na Amazônia, observando os indígenas e a natureza. Além das fotos, algumas em painéis, outras emolduradas e fixadas em paredes, há vídeos em recintos estratégicos com depoimentos do fotógrafo, da curadora, de visitantes em pequenas salas circulares. São apresentados textos sobre os fenômenos naturais que são fotografados e mapas indicando a posição dos espaços e sua ocupação. As fotos mostram indígenas em retratos ou em ocupações na aldeia, exibindo a diversidade étnica do que comumente chamamos de índios, em uma generalização inconsistente. São na verdade nativos de diversos troncos étnicos e linguísticos. No contexto geral da exposição, há certa visão romântica desses nativos ambientados em uma natureza selvagem e quase inumana. Estaria o fotógrafo imbuído de uma visão paradisíaca e ainda selvagem que une natureza e povos?
No âmbito da nossa pesquisa sobre educação, arte e conhecimento, entretanto, sem entrar nas questões que embasam o trabalho do fotógrafo e da curadora, queremos destacar as opções tecnológicas, espaciais, cenográficas e pedagógicas adotadas.
Trata-se de uma exposição que trabalha com textos escritos, geralmente de quatro parágrafos, em cerca de 10 painéis. Há linguagem gráfica expressa nos mapas apresentados e a grande força da linguagem fotográfica de forte impacto. A cenografia propõe um passeio pela área de exibição formando pequenas salas arredondadas para a apresentação de vídeos em telas, lembrando, de certa forma, as aldeias indígenas também circulares. Ao centro, orientando os visitantes, um fluxo de água como um rio que se espalha pelo espaço expositivo e que pode ser atravessado em alguns pontos por pequena passagem em pedra. A iluminação valoriza as obras expostas e dirige o olhar do visitante e há uma música de fundo composta por Jean Michel Jarre, famoso compositor de música concreta. Tudo isso orienta e emociona o observador que se vê diante de uma mostra majestosa da Amazônia.
Para o nosso trabalho é importante entender que as mensagens que Sebastião Salgado quis passar aos visitantes é a da grandiosidade e importância do tema, sem imagens de ameaça ou destruição, apenas beleza, respeito, grandiosidade exibindo a força da natureza. Tudo isso remete a uma visão preservacionista e ambientalista que sabemos que o artista defende. O visitante, por sua vez, passeia por caminhos delicadamente sugeridos, deixando-se levas por uma acurada seleção de imagens dispostas com certa liberdade. Ele então interage com o ambiente criado pela exposição, possibilitando identificar-se com o tema e colocando-se em meio às imagens da Amazônia que o circundam.
Importante mostrar como a fotografia pode ser utilizada para passar mensagens que ficam ainda mais acessíveis do que em textos escritos, levando grande dose de sentimentos e emoções que, se não predominantemente objetivas, permitem uma experiência subjetiva significativa para o visitante, como seria para o aluno. Destacamos também que a exposição atinge pessoas de diferentes formações e idades, origem étnica e racial, permitindo grande gama de processos de identificação com o que é exibido.
Trata-se, portanto, de uma experiência multilinguística, com uso de tecnologia, mas sem que equipamentos sejam mais importantes do que as imagens fotográficas e o que ela mostra. Ciência e tecnologia ficam como parte da infraestrutura de produção utilizada na exposição. Destaque ainda para a ambientação grandiosa e solene criada.
Confira as fotos.
VÍDEOS
Aqui é feito o resumo do registro a ser incluido.
palavras-chave: exemplo 1, exemplo 3, exemplo 3Analisa as terapias de grupo e a maneira como podem contribuir para atividades educacionais, especialmente envolvendo o desenvolvimento das artes e o uso de metodologias extraídas de atividades artísticas, a partir do desenvolvimento do Psicodrama, criado pelo romeno/turco Jacob L. Moreno ,
palavras-chave:Pequeno resumo biográfico de Robert Schumann - nascido em 1810 na Saxônia. Começou a compor antes dos 7 anos. Influenciado pelo romantismoAos 14 anos escreve ensaios sobre música. O transtorno mental se manifestara em 1833. Em 1854, tentativa de suicídio. Foi internado em um hospício onde vem a falecer
palavras-chave:Sinopse do episódio: O Deus Tupana estava bravo e castigava o povo Saterê-Mawé. Pra acalmar sua ira, a corajosa jovem Yaci-May viaja pelo rio Andirá até o céu-estrelado. Mais calmo, o poderoso espírito universal decide entregar um grande presente aos homens, a palmeira de Açaí. Uma história do povo filho do guaraná e que vem lá do médio rio Amazonas.
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